quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Corda Bamba



É sempre alguém que chega e me des
                                                                                             con
                                                                                                      certa,
bem
depois
de eu ter consertado meu mundo
É sempre assim,
chega mais uma vez, mais uma vez, mais uma vez, uma vez mais, vez mais uma, vez uma mais, uma vez, mais uma vez, era uma vez, uma vez mais, uma vez mais, mais uma vez, mais uma vez
e me vira do -osseva-,
me reveste de não sei o quê
e me deixa cheio de segredossss,
que deixo escapulir sorrateiro
Como sopro de vento
IN
              constante
Nem fica, nem vai de vez,
vez em quando vai
quando em vez vem
E eu não saio do lugar,
fingindo
tão bem,
também,
reagir a isso tudo
Já nem questiono mais pra onde vou,
e nem procuro outros caminhos
Estou perdido, assim como os perdizes...
Perco-me no céu, me misturo às pipas
Eu tenho mesmo o hábito de perder
Estou des-falecendo como quem respira(l)
e finge
viver
Estou agora
exatamente chorando
Exatamente no trem que passa às onze e meia
Atrasou
Chorando assim,
como se soubesse o porquê
E nunca sei disso,
daquilo,
de mim,
quem dirá
de ti (?)
Uso tanto nunca
e tanto sempre,
tanto tanto tanto
que às vezes penso que não
me convém
e penso também nas ex-pirais. In-piro, sus-piro
Penso nos pardais,
sempre no fio, brincando de corda bamba
E nos perdizes que se
                                                                                                    perdem...

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